sexta-feira, 1 de maio de 2015

Quem tem diabetes deve consumir leguminosas


Como os médicos tratavam a diabetes antes de inventarem a insulina? Quase mil plantas medicinais são conhecidos agentes anti-diabéticos, incluindo o feijão, a maioria das quais são utilizadas na medicina tradicional. Claro, só porque algo tem sido usado há séculos não significa que seja seguro. Alguns tratamentos para diabetes no passado incluíam arsênico e urânio. Felizmente muitos desses outros remédios ficaram pelo caminho, mas o interesse científico no potencial antidiabético do feijão foi renovado na última década.
O aumento do consumo de cereais integrais e leguminosas para dietas na promoção da saúde é amplamente incentivado pelos profissionais de saúde. Uma das razões é que eles podem diminuir a resistência à insulina, uma característica definidora da diabetes tipo 2.
A diabetes é uma epidemia global de saúde pública.
 Embora os hipoglicemiantes orais e insulina injetada sejam os pilares do tratamento da diabetes e são eficazes no controle de açúcar no sangue, eles têm efeitos secundários, tais como ganho de peso, edema e doenças do fígado. Muitas vezes eles não alteram significativamente a progressão da doença. Felizmente, modificações de estilo de vida têm-se revelado muito eficaz no tratamento desta doença. E se há uma coisa que os diabéticos devem comer, é leguminosas (feijão, grão de bico, ervilhas e lentilhas).
A Associação Europeia para o Estudo da Diabetes, a Canadian Diabetes Association e a American Diabetes Association (ADA), todas recomendam o consumo de leguminosas na dieta como forma de otimizar o controle da diabetes. Quais são as leguminosas? São ervilhas e feijão que vêm secos, e são, portanto, um subconjunto dos legumes. Eles excluem o feijão verde e ervilhas verdes frescas, que são considerados mais culturas vegetais, os óleos de soja e amendoim.
Uma revisão feita fora do Canadá, compilou 41 estudos clínicos randomizados experimentais, totalizando mais de mil pacientes, e corroborou as orientações nutricionais da Diabetes Association que recomenda o consumo de leguminosas como forma de otimizar o controle da diabetes. Eles descobriram que alguns são melhores que outros. Alguns dos melhores resultados vieram dos estudos que utilizaram grão de bico. Em termos de feijão, o feijão preto e o carioca (pintadinho) são os mais eficazes. Em se comparando o pico de açúcar no sangue devido ao consumo de arroz branco, sua combinação com feijão preto ou carioca, mostrou uma redução maior do que com os demais feijões com arroz.
Outros feijões podem não ser tão eficazes, porque têm níveis mais baixos de amido indigeríveis. Uma das razões do feijão ser tão saudável é que eles contêm compostos que bloqueiam parcialmente a nossa enzima de digestão do amido, o que permite que alguns amidos cheguem até o nosso cólon para alimentar as nossas boas bactérias do intestino. De fato, a inibição desta enzima amilase de digestão do amido, apenas pela ingestão de grãos, se aproxima da acarbose, uma droga de bloqueio do carboidrato (vendido como Precose), um medicamento popular para diabetes. O uso à longo prazo de grãos podem normalizar os níveis de hemoglobina A1C (o qual é utilizado para controlar a diabetes) quase tão bem como o fármaco.

 
Michael Greger, MD

Sempre digo: arroz e feijão é uma combinação perfeita.

Marileia Ragone- nutricionista clínica funcional, estética e esportiva

 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE SAL









Qual a diferença entre os tipos de sal?











Atualmente, pode-se encontrar diversos tipos de sal no supermercado: sal rosa do Himalaia, flor de sal, refinado, defumado, negro, marinho, entre outros. Apesar de todos possuírem sódio em sua composição, existem algumas diferenças entre eles, como a quantidade de sódio e de outros minerais, além de diferenças de textura e sabor.
sal de cozinha ou “refinado” é o mais utilizado na culinária. O iodo foi adicionado ao sal pela primeira vez em meados de 1920 para combater uma epidemia de hipertireoidismo e o bócio. O sal é processado para remover impurezas, o que reduz os teores de minerais, e por ter uma textura fina pode ser misturado de forma mais homogênea. O sal grosso evita o ressecamento dos alimentos por não ter passado pelo processo de refinamento e apresenta a mesma quantidade de sódio do sal de cozinha.
sal líquido é obtido pela dissolução de sal de altíssima pureza e sem aditivos em água mineral. Com embalagem contendo 250 ml, trata-se do primeiro e único sal iodado do Brasil apresentado na forma líquida. Com sabor suave, o sal líquido pode ser usado em todos os alimentos, sem alterar suas características.
sal light apresenta um reduzido teor de sódio com 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio. Geralmente é indicado para pessoas que têm restrição ao consumo de sódio. Entretanto, indivíduos com doenças renais não devem utilizá-lo, pois o aumento da ingestão de potássio pode causar um acúmulo do mineral no organismo, elevando o risco de complicações cardiovasculares.
sal marinho é mais caro do que o sal de cozinha por ser raspado manualmente da superfície de lagos de evaporação. Não é tão processado, preservando mais os sais minerais. Pode ser grosso, fino ou em flocos e dependendo da região que é retirado e da composição de minerais pode ser branco, rosa, preto, cinza ou de uma combinação de cores.

sal do Himalaia é encontrado aos “pés” do Himalaia, região que a milhões de anos foi banhada pelo mar. Possui mais de 80 minerais, tais como cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro. Por conta disso, os cristais ganham tom rosado e sabor suave. 

Existem diferentes tipos de sais defumados. No entanto, os mais tradicionais e cobiçados são o franceses. O sal defumado francês é feito com cristais de flor de sal defumados lentamente em fumaça fria resultante da queima de ripas de barris de carvalho usados no envelhecimento de vinho chardonnay. Já o sal defumado dinamarquês é feito segundo a tradição viking: após a evaporação da água do mar, o sal é secado em recipiente aberto sobre uma fogueira fumacenta, feita com galhos de madeiras aromáticas, como carvalho e cerejeira.
sal do Havaí possui coloração rosa avermelhada por causa da presença de uma argila havaiana chamada Alaea, rica em dióxido de ferro.

sal negro é um sal não refinado procedente da Índia. Por conta de compostos de enxofre presentes em sua composição, ele tem um forte sabor sulfuroso. Outro fator que chama a atenção é a cor cinza rosada, que evidencia sua origem vulcânica. Além de compostos sulfurosos, o sal negro é formado por cloreto de sódio, cloreto de potássio e ferro.
 A flor de sal contém 10% mais sódio do que o sal refinado. Na elaboração são utilizados apenas os cristais retirados da camada superficial das salinas onde se formam os grãos translúcidos. Possui sabor mais intenso e textura crocante, sendo indicado acrescentar após a preparação do alimento. 

sal kosher é utilizado para preparar carnes kosher, por remover o sangue da carne rapidamente. Não dissolve tão rápido quanto o sal de cozinha e não é iodado.
A tabela abaixo mostra a quantidade de sódio presente nos diferentes tipos de sal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um adulto deve consumir por dia, 2,4 gramas de sódio, o que equivale a 6 gramas de sal refinado. De acordo com o Consensus Action on Salt and Health (CASH), o consumo excessivo de sal está ligado não somente ao aparecimento da hipertensão, mas também a outras doenças, como osteoporose, câncer de estômago, asma e obesidade.

Entretanto, o sal, se consumido com moderação, proporciona ao organismo humano a quantidade necessária de sódio e cloro, proporcionando um equilíbrio hídrico, evitando a desidratação do organismo e preservando a atividade muscular e nervosa.



Minha opinião: Usar o sal comum mesmo, mas com moderação. Como tudo na vida o que vai comandar é o equilíbrio. Não adianta usar por exemplo o sal do Himalaia em quantidade maior, pois no final terá a mesma quantidade de sódio do comum. Moderação e equilíbrio são palavras chaves.

Marileia Ragone- nutricionista clínica funcional

Bibliografia (s)

Associação Brasileira de Nutrição. Notícia: Consumo de sal é elevado no Brasil: entenda as diferenças. Disponível em: http://www.asbran.org.br/noticias.php?dsid=1210. Acessado em: 26/03/2015

World Health Organization. Guideline: Sodium intake for adults and children. 2012

Consensus Action on Salt and Health. Disponível em: http://www.actiononsalt.org.uk/salthealth/index.html. Acessado em: 26/03/2015

domingo, 21 de dezembro de 2014

Cissus Quadrangularis: O Que é, Benefícios, Efeitos Colaterais e Como Tomar.

É realmente um nome estranho e você deve estar se perguntando o que é Cissus Quadrangularis e para que serve. Então vamos descobrir tudo agora.
Cissus quadrangularis é uma planta da mesma família da uva, que tem sido utilizada como erva medicinal por diversos povos orientais. Originária do Sudeste Asiático e também da África, é muito popular na Índia, onde tem sido aplicada há muito séculos na tradicional medicina ayurvédica.
Mais recentemente, a cissus quadrangularis começou a ganhar espaço no universo fitness, por supostamente ajudar no ganho de massa muscular e no emagrecimento. Será que a cissus quadrangularis funciona mesmo ou é só mais um nome feio no meio de uma infinidade de suplementos que prometem milagres? É o que vamos desvendar logo abaixo!
Uso popular da Cissus Quadrangularis
A maioria dos suplementos à base de plantas medicinais tende a optar por plantas de longa tradição na medicina popular, e que posteriormente foram estudadas por cientistas. Assim também tem sido com a cissus quadrangularis, utilizada há muito tempo na Índia para o tratamento das mais diversas condições, de fraturas a hemorroidas, e que atualmente tem sido estudada por seus efeitos no emagrecimento e no combate à síndrome metabólica.
Síndrome metabólica é um termo médico que designa o conjunto de cinco condições crônicas: obesidade, hipertensão, diabetes, doença cardiovascular e alteração nos níveis de triglicérides e HDL. Quem tem três dessas cinco condições pode ser definido como portador da síndrome metabólica, que além de levar a uma série de complicações, está ligada a um maior risco de morte prematura.
Contribuindo para sua ação antioxidante, a Cissus Quadrangularis possui em sua composição (entre outros componentes):
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 Vitamina C
 Quercetina (um flavonóide que tem ação anti-inflamatória e anticarcinogênica)
 Vitamina E
· Carotenóides
Esse efeito antioxidante colabora para diminuir os danos causados pelos radicais livres em nosso organismo, colaborando para o emagrecimento e a manutenção da saúde.
Cissus Quadrangularis emagrece?
Pesquisas recentes afirmam que sim!
Em uma pesquisa publicada na revista científica “Lipids in Health and Disease”, cientistas analisaram o efeito da Cissus Quadrangularis na perda de peso de indivíduos com sobrepeso (IMC entre 25 e 29) e obesos (IMC> 30). Os 123 participantes do estudo, dos quais 92 eram obesos e 31 tinham sobrepeso, foram divididos em quatro grupos: (Os três primeiros grupos foram compostos somente por participantes obesos, e o último somente com sobrepeso).
·         O primeiro grupo foi o controle, que somente recebeu um placebo;
·         O segundo grupo recebeu um composto contendo Cissus Quadrangularis, mas não fez dieta;
·         O terceiro grupo fez dieta e tomou o composto com Cissus Quadrangularis;
·         O quarto grupo tomou o composto e fez dieta;
O composto fornecido aos participantes do estudo continha, além de Cissus Quadrangularis, ácido fólico, cafeína, albumina (extraída da soja), extrato de chá verde, selênio, cromo e vitaminas B6 e B12.
Passadas oito semanas, o primeiro grupo perdeu 2,4 kg, o segundo 6,9 kg, o terceiro 8,5 kg, e o quarto grupo eliminou 4,8 kg. Além do peso, também diminuíram a circunferência abdominal, a gordura corporal e as taxas de glicose sanguínea. Todos os participantes foram orientados a não praticar nenhum exercício físico durante o estudo.
Outro estudo divulgado posteriormente na mesma publicação verificou a associação da Cissus Quadrangularis com a planta Irvingia gabonenses. O resultado foi também de perda de peso (variando de 8.8 a 11.9%) e diminuição da gordura corporal. Houve ainda queda no colesterol total (e HDL) e nos níveis de glicose na corrente sanguínea.
A Cissus Quadrangularis também possui, segundo pesquisadores, atividades antibacterianas. Ela poderia inclusive atacar os estafilococos, bactérias que quase sempre estão presentes em excesso em pessoas obesas.
Outros estudos feitos em animas também apontam para um aumento nos níveis de serotonina, o que auxiliaria a diminuir a ansiedade e controlar o apetite.
Cissus Quadrangularis pode ajudar no ganho de massa muscular
Quem malha sabe que seu maior inimigo é o cortisol, pois ele pode não somente estimular a degradação de aminoácidos, como também impedir a síntese (fabricação) de novas proteínas. Ou seja, exatamente o oposto do que você procura, não é?
Pois pesquisas sugerem que a Cissus Quadrangularis pode atuar como um antagonista do cortisol, impedindo que ele se ligue ao seu receptor. Ou seja, a Cissus Quadrangularis bloqueia a ação do cortisol, garantindo que seu esforço não seja em vão e você ganhe a tão desejada massa muscular.
Além disso, a Cissus Quadrangularis poderia (segundo algumas pesquisas não comprovadas em seres humanos) aumentar os níveis de testosterona no organismo. E, como você já deve saber, aumentando os níveis de testosterona e diminuindo o cortisol (hormônio do estresse, liberado pelo corpo como resposta ao estresse causado pelo levantamento de peso) você ganha… massa muscular!
E devido aos seus efeitos regenerativos e anti-inflamatórios, a Cissus Quadrangularis pode também ajudar na recuperação pós-treino- além de atuar como analgésico e relaxante muscular.
Outros Benefícios da Cissus Quadrangularis
Ao ser ingerida com água, a Cissus Quadrangularis forma um gel no estômago, aumentando a sensação de saciedade e contribuindo para controlar a fome. Além disso, é usada pelos povos asiáticos no tratamento de diversas enfermidades, entre elas:
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          Hemorróidas (aumenta o fluxo nos vasos sanguíneos)
·         Cicatrização de fraturas (ela estimula a formação de novas células ósseas)
·         Osteoporose (aumenta a densidade óssea)
·         Dores (atuação semelhante ao Ibunoprofeno)
·         Úlceras
·         Resistência à insulina
·         Lesão dos tendões
·         Fígado (atua como protetora)
Estudos em ratos também indicaram um possível aumento da libido, mas não existem até o momento pesquisas feitas com seres humanos para comprovar esse efeito da Cissus Quadrangularis.
Como tomar a Cissus Quadrangularis?
A dosagem adequada de Cissus Quadrangularis pode variar de acordo com sua idade, sexo, peso ou mesmo a finalidade para a qual quer tomar a Cissus Quadrangularis.
Procure um nutricionista de sua confiança.
Efeitos Colaterais da Cissus Quadrangularis
Ainda não existem estudos relatando a incidência de efeitos colaterais da Cissus Quadrangularis.
Vale lembrar que, embora desejável para quem queira ganhar massa muscular, o aumento na testosterona pode não ser bem-vindo para algumas pessoas.
Se você faz uso de algum medicamento, é interessante falar com seu médico sobre possíveis interações medicamentosas. E também não é recomendo o uso de Cissus Quadrangularis por gestantes e lactantes.
Outra dica é ficar atento aos rótulos, pois alguns suplementos podem conter outras substâncias além da Cissus Quadrangularis (como a cafeína, por exemplo).


Referências Adicionais:
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sexta-feira, 25 de julho de 2014

COMO SABER QUAL TIPO DE VINAGRE ESCOLHER.

E os Vinagres? Dúvida frequente, qual vinagre escolher?
São tantas opções diferentes no mercado e muitas vezes nós consumidores não sabemos as peculiaridades de cada um. Generalizando, podemos ressaltar seu baixo valor calórico e sua utilização como substituto do sal, podendo ser utilizado por pessoas hipertensas.


Dica importante para quem está acima do peso: Estudos vêm sendo realizados para apontar os benefícios entres estes condimentos. Um deles apontou que o vinagre auxilia na regulação de genes que controlam a eliminação e gordura. Sendo assim, os voluntários apresentaram redução de massa corpórea e circunferência abdominal.


O VINAGRE BALSÂMICO é originário da Itália, conhecido a mais de 1000anos. Apresenta sabor agridoce e forte. Não é atoa que seu valor é um pouco mais elevado que os demais, para se fazer 2 litros deste vinagre, são necessários 100kg de uvas.


Sua produção assim como a dos vinhos, pode levar anos. Para sua obtenção, é necessária a fermentação alcoólica e acética do mosto da uva, cozido em fogo até elevar o teor de açúcar a 30%. A partir dai, o mosto é colocado em barricas e trocado de tempos em tempos para recipientes menores e de madeiras especificas, como amoreira, cerejeira e carvalho. Assim, o legitimo aceto balsâmico di Modena italiano, pode levar de 12 a 25 anos para ficar pronto.


No Brasil, infelizmente, eles recebem caramelos e corantes para tentar parecer o aceto balsâmico. Portanto, atenção na hora de comprar.


O vinagre balsâmico tem propriedades estimulantes que colaboram com o processo de digestão. E semelhante ao vinho possui antioxidantes e flavonoides.


Recomendado para saladas, carnes, peixes, molho e até sobremesas. 


O VINAGRE DE MAÇàé puro e possui vitaminas, sais minerais e enzimas essenciais. Além de propriedades antissépticas, antibióticas e antioxidantes. É proveniente da fermentação da fruta. Utilizados em temperos e como auxiliares em dietas, pois possui ação termogênica e digestiva


Outros vinagres produzidos no Brasil, são:


VINAGRE DE ÁLCOOL: feito de álcool etílico potável, ou seja, pobre em nutrientes. Utilizado para conservas e temperos em geral.


VINAGRE BRANCO OU AGRIN TINTO: proveniente de álcool etílico potável (90%) e vinho branco ou tino (10%). Vinagre de sabor mais acentuado, também sem muitos nutrientes e utilizado para conservas e temperos em geral.


VINAGRES AROMÁTICOS: são aqueles em que vegetais, extratos aromáticos, sucos e condimentos são acrescentados. Seu sabor marcante é ideal para temperos mais fortes.


VINAGRE DE VINHO: este é feito unicamente a base de vinho que pode ser branco ou tinto, por isso, é mais puro que os citados anteriormente carregando os nutrientes do vinho. Utilizado em carnes e saladas.


VINAGRE DE CEREAIS: muito utilizado na cozinha oriental, este vinagre é feito 100% da fermentação de arroz.

OBS- Sempre indico o balsâmico de boa qualidade ou de maçã. Seus beneficios para a saúde são enormes.


Minha preferência é pelo vinagre  de maçã. Temperar aquela salada de almeirão com o vinagre de maçã, huum.... é uma delícia!! É muito comum entre os descendentes de Italianos.



Marileia Ragone- nutricionista clínica funcional



terça-feira, 1 de julho de 2014

Golden Berry: proteína em forma de fruto ajuda a emagrecer.


Fruto rico em proteína ajuda a acelerar o metabolismo e queimar calorias



Depois da chegada do goji berry, outro fruto diferente vem ganhando espaço por sua lista de benefícios. O golden berry é originário do Peru, Colômbia e Equador e tem propriedades nutricionais que o definem como um alimentos completo.

Benefícios
O fruto seco lembra uma uva passa, mas tem sabor mais azedo. Rico em ferro, o golden berry um dos poucos alimentos a substituir a proteína da carne vermelha. Segundo a nutricionistaPaula Castilho, consultora da Nação Verde, em termos nutricionais o golden berry só pode ser comparado a quinoa. “É um alimento com diversas funcionalidades e indicado principalmente para adeptos da dieta vegetariana, justamente por ser rico em proteínas”, informa.
Apesar de não ter a mesma quantidade de ferro que um pedaço de carne, é um vegetal que ganha neste quesito. De acordo com a especialista, em cada 100 gramas de golden berry há 1,7mg de ferro. “A vantagem é que o fruto é livre de gorduras saturadas encontradas nas carnes de origem animal”, completa.
Outro benefício do fruto é a grande quantidade de aminoácidos. “Presentes no golden berry, a tiamina, a riboflavina e a niacina aceleram o metabolismo e na maior queima calórica”, afirma a nutricionista. Além disso, o fruto possui vitaminas A e C, além de cálcio, ferro e fósforo.

Receita de compota de golden berry

Ingredientes

  • 400 g da fruta lavada;

  • 40 g de açúcar light para caldas e doces ou açúcar mascavo

Modo de preparo

Corte ao meio 1/3 da fruta, coloque numa panela de inox de tamanho médio. Acrescente 40 g de açúcar light. Leve ao fogo e mexa regularmente. Após 25 minutos, a compota está pronta. Pode servir com iogurte, na torrada integral e até como molho das carnes.
Marileia Ragone- nutricionista clínica  funcional

terça-feira, 25 de março de 2014

Trigo verde – também conhecido como friki (do inglês freekeh), o grão superpoderoso.



              De origem síria, o trigo verde é conhecido pelos árabes há mais de 4 mil anos. No momento, ele é o grão da vez em alguns restaurantes brasileiros e virou mania entre gourmets nos Estados Unidos. Também conhecido como friki (do inglês freekeh), o trigo verde possui propriedades nutricionais que o colocam no grupo dos “supergrãos”. “Superalimentos são aqueles que concentram bastantes nutrientes − podem ser  fibras, proteínas, gorduras boas ou antioxidantes − e que por isso atuam na prevenção de doenças. O trigo verde entra na categoria de ‘supergrãos’ devido ao alto número de fibras, até cinco vezes maior do que no arroz integral, e por seu alto teor de proteína.

Alguns o apelidaram também de “a nova quinoa”. A comparação entre os grãos nas tabelas nutricionais não deixa dúvida de que o friki ganha a parada: 100 g de friki possuem 16,5 g de fibras e 12,6 g de proteínas, enquanto a mesma quantidade de quinoa contém 5,1 g de fibras e 14,1 g de proteínas. A lista de benefícios do grão milenar não para por aí. “Ele pode ser relacionado à perda de peso, já que as fibras e proteínas dão saciedade. Por seu baixo índice glicêmico, evita picos de insulina e atua na prevenção e no controle de diabetes”.

Outra vantagem do trigo verde é a sua versatilidade. “Por ser um cereal, deve ser cozido e consumido em saladas, sopas, como acompanhamento ou no lugar do arroz”.

 Apresenta ainda boa quantidade de dois carotenos: luteína e zeaxantina. “São dois tipos de antioxidantes presentes principalmente na retina, excelente para quem tem problema de degeneração macular e perde aos poucos a visão.


Tabela nutricional compara os grãos semelhantes: Freekeh é o que apresenta mais fibras.

 


Contraindicações do Freekeh

A parte que merece atenção é que ele contém glúten, como todo trigo. Por ser colhido antes de amadurecer, o Freekeh tem menos glúten do que o trigo já amadurecido. Mas quem é celíaco não pode consumir, nem mesmo quem tem sensibilidade ao glúten”.
Apesar de ter  glúten  os benefícios desse grão suprem a parte pouco negativa dele para os que não apresentam as duas doenças- celíaco e sensibilidade ao glúten.

Onde comprar

Ainda é difícil, no Brasil, encontrar onde comprar Freekeh, apenas em lojas muito especializadas ele está presente. Entretanto, com tanta popularidade, ele logo deve figurar nas prateleiras de vários estabelecimentos.

Como preparar

Você tem dúvidas de como preparar Freekeh? Esse grão deve ser feito como a quinoa ou o amaranto. A medida é colocar 1 xícara de chá dele para 2 e meia de água. Espere ferver e amolecer. Esse tempo varia entre 15 e 20 minutos. Pode ser misturado às saladas, risoto, sopa.

Um último cuidado: consumir apenas uma ou duas vezes na semana, não é aconselhável passar de 3 colheres de sopa em uma refeição.

 


Marileia Ragone- nutricionista clínica funcional

quinta-feira, 6 de março de 2014

BARU- A fruta do cerrado onde a sua castanha tem grande potencial antioxidante.

O baru, fruto acastanhado do Cerrado pouco conhecido no país, além de iguaria saborosa e nutritiva, apresenta grande potencial antioxidante e, portanto, poder para combater processos inflamatórios e doenças crônico-degenerativas, tais como artrite, câncer, diabetes, hipertensão e enfermidades cardiovasculares. A descoberta, da cientista de alimentos Miriam Rejane Bonilla Lemos, pesquisadora da Universidade de Brasília, é relatada em estudo desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UnB, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas. 



Lemos comprovou a eficiência desses fitoquímicos no controle dos radicais livres, principais responsáveis por grande número de enfermidades, a partir da análise de compostos bioativos em amêndoas de baru. “Nossos estudos em laboratório acusaram esses grupos com reconhecida ação contra as moléculas causadoras do estresse oxidativo”, explicou à Secretaria de Comunicação da UnB, complementando que “os fitoquímicos contribuem como potentes agentes preventivos de doenças graves”. 



Além disso, a pesquisadora também descobriu que os óleos das amêndoas do baru são mais ricos em compostos importantes à manutenção da saúde - a exemplo dos ômegas 3, 6 e 9, com 81% de ácidos graxos insaturados - que os próprios peixes, tão recomendados por nutricionistas em dietas saudáveis. “Em relação a seu potencial oxidativo, na família de leguminosas (amendoim, macadâmia, noz, pistache), sem dúvida alguma, a amêndoa do baru se sobressai”, pontuou. 



Conforme a orientadora do estudo, Egle Machado Siqueira, professora do Programa de Pós-Graduação, “a pesquisa é um pontapé inicial no reconhecimento das propriedades farmacológicas do baru, geralmente mais estudado em seus aspectos nutricionais”. Para ela, a identificação de altos níveis de fenólicos - antioxidantes mais poderosos que as vitaminas C e E - constitui, sem dúvida, uma contribuição científica de peso. O estudo foi co-orientado pelo professor Rui Carlos Zambiazi. 



Os estudos desenvolvidos por Miriam Rejane complementam outra pesquisa previamente realizada, que demonstrou que o consumo de pelo menos uma amêndoa do baru diariamente reduziria o estresse oxidativo induzido em ratos. “Já que foi mostrado que esses roedores, tratados com ração a base de baru, tiveram seus baços, fígados e outros órgãos protegidos, deduzimos, a partir de outros exames in vitro, que esses princípios bioativos funcionam como significativos protetores, especialmente devido às suas ações anti-inflamatórias”, reforçou a pesquisadora. 


CERRADO 

Outro ponto importante da pesquisa, apontado por Siqueira, é a valorização do bioma Cerrado, o segundo maior do Brasil. De acordo com o estudo, “flora ainda pouco notada em seu potencial produtivo”. 


Para Lemos, o governo deveria dar mais atenção a esse rico e diversificado patrimônio genético. “Apesar de toda essa riqueza, ao longo dos últimos anos, o cerrado vem passando por inúmeras e criminosas devastações, e a degradação ambiental ameaça um acervo inestimável do ponto de vista biológico”, diz, aproveitando para defender a utilização racional da matéria prima e um “extrativismo consciente e controlado, ação a ser conduzida pelo poder público”. 


REPERCUSSÃO INTERNACIONAL 

O ineditismo da pesquisa já repercute a nível internacional. Artigo enviada à conceituada Revista Científica Food Research International, da editora Elsevier, rendeu convites para expor os estudos em outras publicações. 



Segundo Lemos, “a revista é uma referência internacional nesse campo de engenharia e ciência de alimentos, com enfoque na saúde preventiva ou curativa”. Para ela, além do universo científico, o baru precisa ser popularizado: "O Brasil e o mundo precisam conhecer melhor tantas propriedades fantásticas que estão ao alcance de todos". 



A pesquisadora pretende, em seu pós-doutorado, dar continuidade aos estudos, a partir da análise de fitoquímicos de frutos do cerrado - incluindo naturalmente o baru - objetivando o controle de doenças infectocontagiosas.




Marileia Ragone- nutricionista clínica funcional