terça-feira, 25 de março de 2014

Trigo verde – também conhecido como friki (do inglês freekeh), o grão superpoderoso.



              De origem síria, o trigo verde é conhecido pelos árabes há mais de 4 mil anos. No momento, ele é o grão da vez em alguns restaurantes brasileiros e virou mania entre gourmets nos Estados Unidos. Também conhecido como friki (do inglês freekeh), o trigo verde possui propriedades nutricionais que o colocam no grupo dos “supergrãos”. “Superalimentos são aqueles que concentram bastantes nutrientes − podem ser  fibras, proteínas, gorduras boas ou antioxidantes − e que por isso atuam na prevenção de doenças. O trigo verde entra na categoria de ‘supergrãos’ devido ao alto número de fibras, até cinco vezes maior do que no arroz integral, e por seu alto teor de proteína.

Alguns o apelidaram também de “a nova quinoa”. A comparação entre os grãos nas tabelas nutricionais não deixa dúvida de que o friki ganha a parada: 100 g de friki possuem 16,5 g de fibras e 12,6 g de proteínas, enquanto a mesma quantidade de quinoa contém 5,1 g de fibras e 14,1 g de proteínas. A lista de benefícios do grão milenar não para por aí. “Ele pode ser relacionado à perda de peso, já que as fibras e proteínas dão saciedade. Por seu baixo índice glicêmico, evita picos de insulina e atua na prevenção e no controle de diabetes”.

Outra vantagem do trigo verde é a sua versatilidade. “Por ser um cereal, deve ser cozido e consumido em saladas, sopas, como acompanhamento ou no lugar do arroz”.

 Apresenta ainda boa quantidade de dois carotenos: luteína e zeaxantina. “São dois tipos de antioxidantes presentes principalmente na retina, excelente para quem tem problema de degeneração macular e perde aos poucos a visão.


Tabela nutricional compara os grãos semelhantes: Freekeh é o que apresenta mais fibras.

 


Contraindicações do Freekeh

A parte que merece atenção é que ele contém glúten, como todo trigo. Por ser colhido antes de amadurecer, o Freekeh tem menos glúten do que o trigo já amadurecido. Mas quem é celíaco não pode consumir, nem mesmo quem tem sensibilidade ao glúten”.
Apesar de ter  glúten  os benefícios desse grão suprem a parte pouco negativa dele para os que não apresentam as duas doenças- celíaco e sensibilidade ao glúten.

Onde comprar

Ainda é difícil, no Brasil, encontrar onde comprar Freekeh, apenas em lojas muito especializadas ele está presente. Entretanto, com tanta popularidade, ele logo deve figurar nas prateleiras de vários estabelecimentos.

Como preparar

Você tem dúvidas de como preparar Freekeh? Esse grão deve ser feito como a quinoa ou o amaranto. A medida é colocar 1 xícara de chá dele para 2 e meia de água. Espere ferver e amolecer. Esse tempo varia entre 15 e 20 minutos. Pode ser misturado às saladas, risoto, sopa.

Um último cuidado: consumir apenas uma ou duas vezes na semana, não é aconselhável passar de 3 colheres de sopa em uma refeição.

 


Marileia Ragone- nutricionista clínica funcional

quinta-feira, 6 de março de 2014

BARU- A fruta do cerrado onde a sua castanha tem grande potencial antioxidante.

O baru, fruto acastanhado do Cerrado pouco conhecido no país, além de iguaria saborosa e nutritiva, apresenta grande potencial antioxidante e, portanto, poder para combater processos inflamatórios e doenças crônico-degenerativas, tais como artrite, câncer, diabetes, hipertensão e enfermidades cardiovasculares. A descoberta, da cientista de alimentos Miriam Rejane Bonilla Lemos, pesquisadora da Universidade de Brasília, é relatada em estudo desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UnB, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas. 



Lemos comprovou a eficiência desses fitoquímicos no controle dos radicais livres, principais responsáveis por grande número de enfermidades, a partir da análise de compostos bioativos em amêndoas de baru. “Nossos estudos em laboratório acusaram esses grupos com reconhecida ação contra as moléculas causadoras do estresse oxidativo”, explicou à Secretaria de Comunicação da UnB, complementando que “os fitoquímicos contribuem como potentes agentes preventivos de doenças graves”. 



Além disso, a pesquisadora também descobriu que os óleos das amêndoas do baru são mais ricos em compostos importantes à manutenção da saúde - a exemplo dos ômegas 3, 6 e 9, com 81% de ácidos graxos insaturados - que os próprios peixes, tão recomendados por nutricionistas em dietas saudáveis. “Em relação a seu potencial oxidativo, na família de leguminosas (amendoim, macadâmia, noz, pistache), sem dúvida alguma, a amêndoa do baru se sobressai”, pontuou. 



Conforme a orientadora do estudo, Egle Machado Siqueira, professora do Programa de Pós-Graduação, “a pesquisa é um pontapé inicial no reconhecimento das propriedades farmacológicas do baru, geralmente mais estudado em seus aspectos nutricionais”. Para ela, a identificação de altos níveis de fenólicos - antioxidantes mais poderosos que as vitaminas C e E - constitui, sem dúvida, uma contribuição científica de peso. O estudo foi co-orientado pelo professor Rui Carlos Zambiazi. 



Os estudos desenvolvidos por Miriam Rejane complementam outra pesquisa previamente realizada, que demonstrou que o consumo de pelo menos uma amêndoa do baru diariamente reduziria o estresse oxidativo induzido em ratos. “Já que foi mostrado que esses roedores, tratados com ração a base de baru, tiveram seus baços, fígados e outros órgãos protegidos, deduzimos, a partir de outros exames in vitro, que esses princípios bioativos funcionam como significativos protetores, especialmente devido às suas ações anti-inflamatórias”, reforçou a pesquisadora. 


CERRADO 

Outro ponto importante da pesquisa, apontado por Siqueira, é a valorização do bioma Cerrado, o segundo maior do Brasil. De acordo com o estudo, “flora ainda pouco notada em seu potencial produtivo”. 


Para Lemos, o governo deveria dar mais atenção a esse rico e diversificado patrimônio genético. “Apesar de toda essa riqueza, ao longo dos últimos anos, o cerrado vem passando por inúmeras e criminosas devastações, e a degradação ambiental ameaça um acervo inestimável do ponto de vista biológico”, diz, aproveitando para defender a utilização racional da matéria prima e um “extrativismo consciente e controlado, ação a ser conduzida pelo poder público”. 


REPERCUSSÃO INTERNACIONAL 

O ineditismo da pesquisa já repercute a nível internacional. Artigo enviada à conceituada Revista Científica Food Research International, da editora Elsevier, rendeu convites para expor os estudos em outras publicações. 



Segundo Lemos, “a revista é uma referência internacional nesse campo de engenharia e ciência de alimentos, com enfoque na saúde preventiva ou curativa”. Para ela, além do universo científico, o baru precisa ser popularizado: "O Brasil e o mundo precisam conhecer melhor tantas propriedades fantásticas que estão ao alcance de todos". 



A pesquisadora pretende, em seu pós-doutorado, dar continuidade aos estudos, a partir da análise de fitoquímicos de frutos do cerrado - incluindo naturalmente o baru - objetivando o controle de doenças infectocontagiosas.




Marileia Ragone- nutricionista clínica funcional

A FRUTA DO SÉCULO: MANÁ-CUBIU

                                                            CUBIU

Fruta nativa da Amazônia Ocidental, Maná-cubiu vem sendo estudado há 18 anos pelos cientistas e pesquisadores Dr. Danilo Fernandes da Silva e Dra. Lucia K. Yuyama, e há 25 anos pelo INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.



Por conter um alto teor de niacina ( vitamina B-3) pode ser considerada uma fruta medicinal pois combate fortemente o colesterol, triglicerídeos, anemia, diabetes, pressão alta, enxaqueca, depressão, ácido úrico, além de ser digestivo, diurético e tônico sexual.
Além da niancina o mana- cubiu é muito rico em fibras, fósforo, vitamina C, pectina que combate a diabetes.
A falta de niancina pode causar mundanças negativas na personalidade. A necessidade diária recomendada para adultos, de acordo com o Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA é de 13 à 19mg. Essencial para a síntese dos hormônios sexuais (estrógeno, progesterona, e testosterona) bem como da cortisona, tiroxina e insulina. Necessária para um sistema nervoso saudável e para as funções cerebrais.
Nutrientes: contém alto teor de vitaminas A e C, fósforo e ferro, além de flavonóides, alcalóides e fitoesteróides, alguns recém descobertos pela ciência.
Propriedades Medicinais:
·         Purifica o sangue;
·         Diminui a albumina dos rins;
·         Fortifica os nervos ópticos;
·         Limpa as cataratas;
·         Alivia problemas da garganta;
·         Controla as amibiasis;
·         Coadjuvante no tratamento do carcinoma de próstata e colesterol elevado;
·         Estimulante do sistema imunológico.
Recentemente cientistas da fundação Oswaldo Cruz do Ceará descobriram uma substância chamada “physalina” que atua no sistema imunológico humano evitando a rejeição de órgãos transplantados, a Fio Cruz e seus cientistas estão requerendo a patente desta descoberta.
Combate as seguintes doenças:
·         Diabetes;
·         Reumatismo Crônico;
·         Doenças de Pele;
·         Bexiga, rins e fígado;
·         Efeito anti- viral contra o vírus da gripe.


Fonte: Solanum Sessiliflorum

Marileia Ragone-nutricionista clínica funcional